quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Genéricamente 4 L (parte 1)





Talvez fosse de repente, ou então desatenção, mas eu até sou fã das 4L e ainda não tinha visto tantas seguidas. Será da crise? a malta vai às garagens buscar as velhas latas resistentes que dão um toque retro por onde passam. Oh tempo volta para trás. É o virar da máquina. Tempos de flippers e flipanços.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Cidade em tons de azul






Portugal e Portimão em depressão progressiva. Eu próprio não me estou a sentir nada bem...

Gaivotas ao camarão




É o resto do luxo, meu povo!

Salvatore Giannini - caminhante


Encontrei-o a beber um galão no Cárlinhes do Calvário. Queixava-se da humidade pois dormia ao relento em pleno Inverno. Destrocou a sua maneira de ser caminhante por convicção e de como já percorreu inúmeros países: Alemanha, França, Itália, Espanha, Portugal, Turquia, ex-Jugoslávia... sempre a pé. Tinha uma ética muito dele. É de origem italiana, de Napoli. Foi carteiro numa pequena localidade perto de Munique só o tempo necessário para poder criar a filha. O que ele faz é mesmo caminhar. No entanto para além de uma grande mochila também transporta 2 sacos. Não se lamenta a não ser das condições climáticas. Veio de Espanha foi até á Costa Vicentina mas as condições climatéricas fizeram-no voltar para seguir pelo Mediterrâneo. Tem é de ter 2€ para poder passar de barco de VRSA até Ayamonte. Eu cá como sou um gajo um bocado com a mania disse-lhe que podia começar a escrever um bloco com haikus cruzando a memória com o presente...
Dei-lhe boleia até Carvoeiro e ele foi matar saudades do mar.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ilusão de um skateboarder






«As ilusões», dizia-me o meu amigo, «talvez sejam em tão grande número quanto as relações dos homens entre si ou entre os homens e as coisas. E, quando a ilusão desaparece, ou seja, quando vemos o ser ou o facto tal como existe fora de nós, experimentamos um sentimento bizarro, metade dele complicada pela lástima da fantasia desaparecida, metade pela surpresa agradável diante da novidade, diante do facto real».

Charles Baudelaire, in 'Pequenos Poemas em Prosa'

Let's go down to chinatown








A grande cidade dos arranha céus vive dias de um calado desespero. As peças continuam no mesmo sitio mas não se vê jogadas com certeza e apuro. Fazem-se pequenos movimentos de ajuste mas na generalidade anda-se com as calças na mão à procura de um arbusto retemperador. A escassez de dinheiro, de trabalho e de pessoas deixa no ar um perfume de nojo só comparável com o verdadeiro que contamina a vila velha quase todos os dias. Uma industria do cócó e do desmazelo.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Massada de Golfinho







http://canalhadelagos.blogspot.com/2009/09/belmiro-de-azevedo.html
http://uma-mesa-redonda.blogspot.com/2011/06/chega-e-basta-ca-por-lagos-e-no-nosso.html
http://economico.sapo.pt/noticias/dos-hoteis-para-turismo-de-massas-aos-resorts-de-luxo_91203.html

Golfadas no golfinho










À atenção do investigador viperino:

http://uma-mesa-redonda.blogspot.com/2010/07/palhacada-e-palhacinhos-de-lagos.html

Programa de intenções fora de prazo:

http://www.abacusproperty.pt/downloads/hotel/abacus_hotel6_old.pdf

Como quase tudo neste liliputativo país toda a informação está escondida. Aqui não é como nos filmes em que um tipo qualquer obtém informação de quem seja e elabora uma teoria da conspiração. No nosso caso é a teoria da transpiração. Um tipo pena para tirar os nabos da púcara. Existem os escândalos à vista desarmada mas ninguém sabe de nada. Na Internet, se tivermos sorte, aparece uma pontinha do iceberg, de resto são inacreditáveis paragens no tempo, como se tudo estivesse no sítio, a funcionar, vivinho da silva. A verdade não existe em Portugal. Esta despropositada nação de piratas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011