sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O artista no paraíso




Discretamente o artista marcou a sua identificação no paraíso FREE YOUR MIND escreveu ele ao subir das escadas. Pontuou aqui e ali umas frases freaks uns desenhos de enfeite dando caução a magnificos locais muito maltratados. Ninguém tem vergonha do lixo, dos cagalhões e da falta de sentido estético da esplendorosa costa. Palhaços!

Quando insones infâmias escrevem a cidade...













O materialista histórico não pode renunciar ao conceito de um presente que  não é transição, mas pára no tempo e se imobiliza. Porque esse conceito define exatamente  aquele presente em que ele mesmo escreve a história. O historicista apresenta a imagem “eterna” do passado, o materialista histórico faz desse passado uma experiência única. Ele deixa a outros a tarefa de se esgotar no bordel do historicismo, com a meretriz “era uma vez”. Ele fica senhor das suas forças, suficientemente viril para  fazer saltar pelos ares o continuum da história. (BENJAMIN, 1994)


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Grandessíssima depressão


















Portugal definha, está doente com 30 maleitas e não se pode fazer muito mais do que ampará-lo, insultá-lo, e aprisionados a ele caminhar pesadamente para a ruína. Não há guito. Não há trabalho. Não há força de vontade. Não há sequer bom senso. Estamos estourados, espoliados, pervertidos, fora de nós, sem amor, poesia, fantasia, alegria, esperança.  Acabou-se a ilusão, fomos expulsos do paraíso, é o fim do mundo em cuecas. Uma volta ao quarteirão numa cidade do sul, num feriado ao fim da tarde, uns disparos, uns tiros na claridade. Graves evidências de um presente traumático.

"Bebe uma e depois outra, caneca de água da torneira, que isso passa"

Aldemir Confúcio

http://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_econ%C3%B4mica_de_2008-2012

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A catarse das vassouras




http://pt.wikipedia.org/wiki/Catarse

Ajuda o pobrezinho




http://www.pnajuda.imc-ip.pt/

Sempre armados ao pingarelho. Por fora tudo indecorosamente janado e por dentro mantêm-se as aparências. Cá fora na Ajuda é só lixo e sebo por todo o lado. As pessoas já não ligam, passeiam a sua indiferença com o garbo dos indigentes. Toda a área envolvente do palácio é uma acusação à comandita de legisladores que nada conseguiram para dar dignidade e alma a um local privilegiado para a oferta turistica onde o que existe mais parece um ninho de ratazanas e ruína. Velhos, doentes, drogados, bandidos. Abandono, incúria. Lisboa está intransitável mas o que transparece é o gaudio e o hedonismo de uma capital centralista, um buraco sorvedor que tudo tritura. Este país precisa de ajuda e não vai ser com a troika que vamos lá..