segunda-feira, 18 de junho de 2012

Sporting Clube Lagoense


Gostamos do acaso, das intrincadas subtilezas do desejo, das latências das nossas imprecisas clarividências. O bom amigo Eliezer que conhece a restauração Algarvia de fio a pavio, levou-nos (Algarve 123) a um recanto perdido no coração de Lagoa, o núcleo sportinguista fundado no longínquo ano de 1938.  Aqui o surreal acontece com naturalidade, com alma. À frente deste espaço, por assim dizer, comunitário, de simpatizantes do Sporting (SCP), está o Rui à cerca de um ano. Experimentado homem das artes da cozinha e dedicado colecionador de memorabilia futebolistica, mas do Benfica - era seu o famoso museu do Benfica de Lagoa, agora encaixotado, à espera de melhores dias...



Ao tomar conta deste lugar, no primeiro andar deste edifício centenário,  logo tratou de afixar fotografias do espólio que encontrou (numa delas, envergando a camisola do clube, destinguimos o pai do José Mourinho, Félix Mourinho, filho desta terra) e outras castiças lembranças, bem como reabilitou a sala dos troféus. Para além disso come-se muito bem. Nesta nossa visita, numa segunda-feira, dia que não é para o peixe, só (??) havia umas cavalinhas frescas grelhadas com batata cozida, salada e uma soberba caldeirada de safio. Comemos na esplanada e regou-se com vinho de jarro fresco atenuado de gasosa. Conversamos sobre estas maneiras simples de fazermos as nossas vidas com matéria prima local, impregnada de alma, amor e sentido de comunidade e constatamos que está tudo por fazer. Bem hajam refúgios assim.

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