domingo, 23 de setembro de 2012

A maldição de Portimão

Eu não sei escrever, assim  como os jornalistas, os escritores, os mocinhos de letras. Conjecturar, perspectivar, formular e dar sequência, compilar e fazer a síntese. Porra, continuo longe desse estádio e por isso sofro essa ninharia de não poder ter vaidade. E com esta manifesta insignificância convido-os, ó infelizes leitores, ao meu relato de hoje:





Ardeu esta madrugada de 23 de Setembro o primeiro Retail Park de Portimão, ficou um montão de escombros. Por volta das 4 da manhã a sirene dos bombeiros tocava seguido, nunca tinha ouvido um soar assim, depois de pesquisar na proteção civil descobri que era a chamada de todos os bombeiros e que o Retail ardia .
Na manhã seguinte depois de uma valente enchurrada fui à festa do Clube Naval. Lá uma senhora contou os pornenores de ser vizinha a mais ou menos 100 m do sucedido, o susto que foi  e a sorte de o vento estar virado para o lado do estacionamento não perigando a zona residencial. Este maravilhoso espaço comercial foi licenciado com alteração do PDM pois aqui devia ser um cemitério ou um jardim público. Tendo as vivendas tão perto o barulho dos ares condicionados dos camiões frigorificos eram super incomodativos. O lixo feito nas traseiras era igualmente um perigo constante à segurança dos residentes próximos. Este retail com a abertura desenfreada de mais uns quantos na cidade aliada ao estender da crise, começou a decrescer em clientela. Haverá dados sobre isso? E depois como é possivel ter ardido tudo? Que segurança anti-fogo havia entre cada loja e em cada loja?  Levantam-se rumores de sabotagem e também dúvidas sobre a segurança dos outros centros comerciais que sobredoseiam a cidade. Será uma ideia totalmente estúpida a cidade aproveitar esta desgraça para fazer com que os problemas dos empregos fossem minimizados com a ocupação de espaços no centro da cidade por estas ingloriosas lojas? Portimão não está bem e agora está pior.

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